Bússola Estudantil

Jornal escolar da Escola Secundária de Loulé

MARÇO AZUL – mês da prevenção do cancro colorretal

O que é o Cancro do Colo Colorretal?
O cancro que se desenvolve no cólon ou no reto, pelas suas numerosas
características comuns, é muitas vezes designado cancro colorretal.
Apesar de ser um dos mais fáceis de prevenir, o cancro colorretal é o 2º cancro mais mortífero no mundo ocidental.
A maioria dos cancros do cólon e reto desenvolve-se a partir de uma célula ou de um grupo de células do revestimento interno da parede intestinal (mucosa).
Estas células multiplicam-se e organizam-se num pequeno tumor não canceroso (benigno) chamado pólipo. Os pólipos apresentam-se como elevações ou projeções do revestimento interno da parede abdominal.
À medida que cresce, um pólipo pode transformar-se em cancro. Isto significa que passa a ter a capacidade de invadir tecidos vizinhos. 

Fatores de risco:
A idade é um dos principais fatores de risco do cancro colorretal:
– Mais de 90% destes tumores ocorrem em pessoas com mais de 40 anos;
– A maioria é diagnosticada entre os 50 e os 70 anos.

Além da idade, há outros fatores associados a um risco acrescido de cancro
colorretal:
– História pessoal de cancro da mama, útero ou ovário;
– Doença inflamatória intestinal (colite ulcerosa ou doença de Crohn);
– História familiar ou pessoal de pólipos ou de cancro colorretal;
– Consumo de tabaco.

As dietas com teor elevado de gordura animal e baixo teor de fibra, também têm sido associadas a uma maior probabilidade de cancro colorretal, embora existam referências contraditórias.

Os sintomas mais comuns associados ao cancro colorretal são:
Alteração dos hábitos intestinais: obstipação, diarreia ou, mais frequentemente, uma alternância das duas;
Dor abdominal (constante ou em cólica): neste caso, a dor pode acompanhar-se de sensação de distensão abdominal, náuseas e vómitos;
Perda de sangue pelo ânus, misturado ou não com as fezes e de cor vermelho vivo, castanho-escuro ou mesmo preto (neste caso, as fezes podem adquirir o aspeto característico de “borra de café”);
Emissão de muco pelo ânus, misturado ou não com as fezes;
Perda de peso sem razão aparente;
Cansaço constante;
Náuseas ou vómitos.

Existem, no entanto, muitas outras doenças que podem provocar sintomas semelhantes, pelo que se torna importante a sua avaliação médica.

Por outro lado, deve sublinhar-se que muitos pólipos e cancros do cólon e reto não produzem sintomas, antes de serem excessivamente grandes.

Alguns dados estatísticos:
– A probabilidade de uma pessoa desenvolver um cancro colorretal ao longo da vida é de 6%, ou seja, cerca de 1 em cada 20 pessoas contrairá a doença.
– Estima-se que 14% de todos os cancros diagnosticados anualmente se localizem no cólon ou no reto. Quase metade dos doentes com cancro colorretal morre em consequência da doença.
– A frequência de cancro do cólon e do reto está a aumentar, encontrando se de alguma forma relacionada com o desenvolvimento socioeconómico.
– A prevalência da doença é maior em países mais industrializados, como nos EUA e na Europa Ocidental, sendo menor em África ou na América do Sul.
Em Portugal, o número de diagnósticos anuais tem registado um crescimento exponencial, sendo esta patologia responsável por uma elevada mortalidade.

– Estima-se que 3% a 4% dos indivíduos, tanto do sexo masculino como do feminino, desde o nascimento até aos 70 anos de idade, serão atingidos por cancro do cólon e do reto. O pico máximo de incidência incidirá na 6ª década da vida (> 50 anos).

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *