Bússola Estudantil

Jornal escolar da Escola Secundária de Loulé

8 de março — O despertar feminino!

Sabe-se que o dia internacional da mulher é comemorado no dia 8 de março, mas já alguma vez se perguntaram o porquê?


Não é apenas uma data comercial onde os meios de comunicação social incentivam a compra de presentes, mas sim uma homenagem às dezenas de mulheres que faleceram como consequência de um ato negligente ocorrido em uma fábrica nos Estados Unidos ( o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, de Nova Iorque, em 1911).
Incontáveis passeatas foram feitas por mulheres que viam os tabus como oportunidade de provocar o patriarcado opressor.

Durante a história da humanidade, existiram figuras femininas que revolucionaram diferentes áreas sociais. Temos como exemplo, Katherine Johnson que contribuiu com estudos fundamentais para os primeiros lançamentos espaciais feitos pela NASA, ou Maria da Penha que teve uma lei criada em seu nome no Brasil pelo processo emitido por ela, contra o próprio país que não a defendeu após a denúncia de tentativa de feminicídio contra o marido. Sua justiça foi feita depois de 20 anos de constante empenho.


Elas representam a perseverança pela mudança que as mulheres têm, que utilizam a sua voz e atos como demonstração de coragem e consciência pela busca da equidade.
Após diversas tentativas de melhoria das condições de vida para serem vistas como dignas do mínimo, ou seja, o respeito, os direitos como cidadãs e a validade de suas ideias dentro da sociedade, o ser mulher deixou de significar ser irrelevante.
O mundo caminhou para a evolução onde a mulher já não pensa em casar-se para ascender socialmente, ou onde esta já não é vista apenas como dona-de-casa que trabalha em média 15 horas por dia, podendo, mesmo assim, receber diversas queixas sobre o seu trabalho. A mulher moderna agora enfrenta anos de herança social, lutando diariamente para a reafirmação de suas capacidades.

A segurança pública ainda mantém diversas atitudes de violência em segredo, alimentando o medo e o sentimento de injustiça no coração feminino, obrigando milhares de mulheres a esconderem o seu empoderamento, não permitindo que sejam independentes, fortes ou até mesmo que ocupem posições de alto escalão na área profissional.
Depois de muita luta esse dia se tornou para muitas mulheres um símbolo de batalha pelo alcance do seu espaço e reconhecimento, não apenas revolucionando os olhos do mundo, mas também uma revolução interna que exala o seu poder matriarcal.


Texto de:
Maria Eduarda Guedes
11.ºI | Clube de Jornalismo da ESL

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