Cantigas de Amor

No seguimento do estudo da Poesia Trovadoresca, nomeadamente das Cantigas de Amor, conteúdo previsto para o primeiro módulo da disciplina de Português dos cursos profissionalizantes, foi proposto uma atividade de recreação destas composições estudadas em aula.
Depois de analisar duas cantigas de amor e de identificar o assunto das mesmas (o elogio da amada e a “coita” ou sofrimento amoroso) os alunos foram desafiados a produzir também os seus poemas, refletindo o que era para si o amor.

Quando te conheci,
Eu não previ
Como eras poesia.
Ia apaixonar-me assim!
Deixei de pensar e agi
Com o coração para depois
Mais uma desilusão.
Para quê falar?
Se depois há discussão…
Para quê dar amor,
Se tu não dás valor?
Dizias que me amavas,
Mas no fim, não lutavas
Por uma vida a dois que dizias que sonhavas.

Sónia Silva

Na realidade, tudo diferente
Da mentira e da verdade.
Na liberdade de amor,
No nosso corpo que tem valor,
Viver a vida sem pavor.
Sonhar no castelo,
Viver numa prisão,
Ter tudo e não apelo
A usar uma ilusão.

João Gonçalves

Mostrar a minha verdadeira personalidade, eu evito.
Ser engraçado, ser assim eu menti,
Pois no fundo não podem descobrir a minha verdadeira dor.
Mas quando estou contigo…
Nem sei se isto é amor…
mas não posso estar sem ti.
Eu não sei se isto é amor, mas
Eu nunca antes o senti.
Mas sei…
Quando me olho no espelho,
Não me vejo a mim.
Vejo um demónio que não segue os teus conselhos.
Será que foi só passageiro?
Mas não pode acabar assim.
Pois contigo posso ser verdadeiro,
Posso parar de fingir,
Porque sinto que estou em dívida contigo.
Por isso eu não o escondi,
O meu sentimento mais profundo
Escondido do mundo
Mas… Tem de ser assim,
Eu sinto-me imundo
Mas… Tudo tem um fim.

Xavier Freire

Tu és o motivo da minha alegria,
Tu és tudo o que eu tenho,
Meu amor por ti vem lá do fundo do meu coração.
Eu não aguento ficar um segundo longe de ti,
Porque és tudo o que eu tenho.
Longe de ti o amor não existe,
Perto de ti o amor ilumina o nosso dia!
Só o teu sorriso é motivo da minha alegria.

Nuno Pereira